Melasma

Melasma é um tipo de hiperpigmentação adquirida que é caracterizada por máculas marrons bilaterais e irregulares em áreas expostas ao sol da face e pescoço, menos frequentemente em braços.

 

É mais comumente encontrado em mulheres de fototipos mais altos – tipicamente asiáticas ou mulheres hispânicas – com fototipos da escala de Fitzpatrick de III-IV.

 

As causas mais comuns incluem predisposição genética, exposição à radiação UV e influências hormonais.

 

A melanogênese é influenciada por fatores genéticos, idade, etnia, radiação infravermelha e drogas.

 

O estrogênio está envolvido na patogênese do melasma, isso explica sua maior prevalência em mulheres pós-puberdade, gestantes ou que fazem uso de contraceptivos orais.

 

Os tratamentos mais eficientes disponíveis incluem: peelings químicos, laser Nd Yag Q- Switched, microagulhamento, fotoproteção e intradermoterapia com ácido tranexâmico e agentes clareadores.

 

O uso de vitamina C tópica, de antioxidantes orais e de agentes clareadores também são de suma importância para o controle do melasma e prevenção de efeito rebote.

 

Tratamentos mais eficientes disponíveis para Melasma:

 

 

É um inibidor de plasmina e está disponível para uso de forma oral, tópica ou de forma injetável. É um dos poucos tratamentos a atingir a neovascularização presente no melasma.

Também influencia positivamente em outras mudanças associadas ao melasma como o eritema e reduz a pigmentação dermal e epidermal.

 

 

Proteção solar é crucial para prevenir novas lesões e evita a piora do melasma existente. É preferível agentes que fazem bloqueio físico e químico, preferivelmente os protetores solares que contenham óxido de zinco ou dióxido de titânio.

 

 

É comumente usado para fazer “drug delivery” de agentes despigmentantes em melasma.

 

 

O Laser Nd Yag Q-Switched em nanosegundos ou picosegundos com comprimento de onda de 1064 nm é preferido no tratamento de melasma, devido à sua penetração mais profunda, atingindo melasmas dérmicos e epidérmicos.

A habilidade desse tipo de laser está em atingir os melanossomas nos melanócitos, queratinócitos e promover a fagocitose da melanina. A duração do pulso ultra-curta e o tamanho do spot ser ajustável são os fatores chave para atingir os pigmentos na derme.

O comprimento de onda de 1064 nm é ideal para as lesões dermais devido à sua penetração mais profunda e pobre absorção da melanina na epiderme, evitando lesões na epiderme.

O mecanismo de ação desses lasers incluem efeitos fotomecânicos e fotoacústicos, causando a destruição e fragmentação dos dendritos dos melanócitos.

Após microscopia eletrônica, foram encontradas mudanças estruturais nos dendritos dos melanócitos, esses tinham menos dendritos após tratamento com laser diminuindo a transmissão da melanina para o queratinócito.

Os parâmetros devem ser de spot sizes maiores e fluências baixas para prevenir inflamação e assim diminuir as chances de efeitos adversos.

 

 

Existem vários agentes despigmentantes que podem ser usados no tratamento do melasma.

 

 

Diminui atividade da tirosinase, reduz dano dérmico, promove síntese de colágeno e tem efeitos antioxidantes e de fotoproteção, assim reduzindo hiperpigmentação.

 

 

É um derivado da hidroquinona, com poder altamente despigmentante sem os efeitos adversos conhecidos da hidroquinona. Inibe tirosinase e previne a maturação do melanossoma.

 

 

É um componente fenólico extraído do chá verde. Inibe melanogênese e tem função anti-inflamatória, antioxidante e propriedades anticâncer.

Derivado fenólico do chá verde, pode inibir tirosinase e proliferação dos melanócitos.

 

 

Derivado da Pinus Pinaster, esse agente é um potente antioxidante e tem propriedades anti-inflamatórias.

 

 

Inibe estresse oxidativo, prevenindo radicais livres induzidos pela radiação UV.

 

 

Niacinamida ou vitamina B3 interfere na transferência do melanossoma para os queratinócitos da superfície.

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